sábado, 18 de fevereiro de 2012



Projeto de Extensão Além dos Muros 
Educação Patrimonial em Santa Barbara do Pará.

A origem da antiga vila de Santa Bárbara (localizada às margens da rodovia PA-391, que  liga  Belém-Mosqueiro),  ocorreu  quando  no  local  estabeleceram-se  muitas granjas,  além da  cultura  de  dendê,    atividades  essas  que ainda são as principais geradoras de renda do novo município. Existem várias versões para o nome  do  povoado. Entre elas, a do morador Jorge Moreira, que diz, que o nome do povoado originou-se  durante  as  lutas  da  Cabanagem,  em  1853,  quando tropas revolucionárias ali se aquartelaram, à espera da ordem para incorporarem-se ao  corpo  cabano,  que atacaria  a  cidade  de  Belém.  E  durante  a  estada naquelas paragens  teria encontrado, semi-enterrada,  uma  imagem  de  Santa  Bárbarda, razão pela qual a região ficou conhecida pelo nome da santa. Santa Bárbara do Pará. Esta é uma  das  versões  para  o  nome  da cidade que  faz  limite  com  os  municípios de Santo Antônio do Tauá, Santa Isabel do Pará, Benevides, Belém e Ananindeua.  Sobretudo, o  município de Santa Bárbara foi criado pela geração de empregos e  renda  do  projeto  piloto  do  governo  federal  de dendeicultura,  até  então  a  área pertencia ao município de Benevides. 

        Á área assim é uma referência para as outras comunidades de Santa Bárbara do Pará e as ações desenvolvidas na Denpasa suscitam interesse  nas áreas vizinhas  como Livramento  e  Pau D'arco,  Colônia Chicano, Genipaúba, o projeto assim tende a se expandir para estas áreas que mantém relações comerciais,  empregatícia  e  de parentesco  com  a Denpasa  conforme  dados das entrevistas realizadas durante a versão anterior do programa. Realizamos  o  registro da memória  social,  além  de  ações  de educação patrimonial retornando  os  dados  a comunidade  operária  vinculada  a  um projeto desenvolvimentista da agro-indústria da dendeicultura.
 O conhecimento adquirido e a apropriação dos bens culturais por parte da comunidade constituem fatores indispensáveis no processo de conservação integral ou preservação sustentável do patrimônio, pois fortalece os sentimentos de identidade e pertencimento da população residente, e ainda, estimula a  luta  pelos  seus direitos,  bem  como  o  próprio  exercício  da  cidadania  (Pelegrini, 2006). 


A comunidade demanda pela continuidade do projeto de educação patrimonial que suscita sua auto-estima e valorização da sua identidade cultural, que vem desenvolvendo suas atividades desde 2010 pelo projeto de extensão Além dos Muros. Agora estende-se para Santa Bárbara e adjacências e Cotijuba.

Nesse sentido, pretendemos desenvolver ações de salvaguarda e comunicação a partir dos conhecimentos tradicionais da comunidade da ilha de Cotijuba atuando com  as  escolas e  o  Movimento  de  Mulheres  de  Cotijuba  e  demais  moradores  no levantamento  dos conhecimentos  tradicionais  e  retornando  a  comunidade  e  a comunidade  escolar  em forma  de  documentários,  cartilhas (material didático).  Se  a  educação  for acionada como recurso capaz de promover o desenvolvimento intelectual e moral de crianças  ou  adultos,  com  certeza tenderá  a  suscitar  sua  integração  individual  e coletiva, quiçá, um tratamento diferenciado do patrimônio. Talvez a relação ensino-aprendizagem  nessa  área  possa  favorecer  a convivência  dos  homens  com  a coletividade, com o meio onde vivem. Nesse contexto, a educação patrimonial pode vir a constituir, como enfatiza Maria Luiza Horta: 

"um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no 
Patrimônio  Cultural  como  fonte  primária  de  conhecimento  e  enriquecimento 
individual e coletivo". (2001).

Desta forma, a educação patrimonial e ambiental deve ser planejada de modo a contemplar  a  pesquisa,  o  registro,  a  exploração  das  potencialidades  dos bens culturais e naturais no campo da memória, das  raízes culturais e da valorização da diversidade. 

 À  medida  que  o  cidadão  se  percebe  como  parte  integrante  do  seu entorno, tende a elevar sua auto-estima e a valorizar a sua identidade cultural. Essa experiência permite que esse cidadão se torne um agente fundamental da preservação do patrimônio em toda sua dimensão.


Socorro Lima: Coordenadora do projeto.
Cientista social, antropóloga e doutoranda em Museologia e especializada em etnoestética.

Diogo Jorge Melo Museologia: Vice coordenador



Bosistas:

José Junior: Turismo - UFPA 
Raele - Museologia UFPA
Thiago Losant: Artes Visuais - UFPA



Colaboradores: Professor Luiz Adriano Daminello - Curso de Cinema
Flor de Liz Reis - Curso de Cinema
Edi Carlos - Artes Visuais  

Contatos:

projeto.alemdosmuros@gmail.com
socorroprof.antropologia@gmail.com

Realização:

UFPA
ICA
FAV
PROEX
DENPASA
SEMEC- SANTA BÁRBARA
PREFEITURA DE SANTA BRABARA


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